Material Necessário:
1 pacote de
0,5L de sumo de uva (do supermercado);
1/3 de dose
de levedura seca activa;
2 garrafas
vazias de água mineral de 250mL;
1 saco de
algodão hidrófilo;
1 balança
(facultativa);
Água (q.b.);
Gobelé;
Vareta de Vidro;
Espátula;
Proveta Graduada;
Funil de Vidro
Método Experimental:
·Distribuir cerca de 200 mL de sumo de uva por cada uma das garrafas de água mineral;
· Adicionar a levedura seca activa na garrafa numerada com o número 1, depois de a dissolver num pequeno volume de água (2 a 3 mL);
· Na outra garrafa, numerada com o número 2, adicionar, apenas, o sumo de uva, em igual quantidade, mas sem adicionar levedura;
· Tapar, em seguida, as duas garrafas com rolhas de algodão hidrófilo, tendo o cuidado de não ficarem muito apertadas, e guardá-las num local quente. Se tiver uma balança, pesar as garrafas e registar os respectivos pesos num papel;
· No final comparar o cheiro,o peso e o sabor do líquido das duas garrafas.
Discussão dos Resultados:
Questões :
1. - Por que razão não houve formação de gás, espuma e álcool na garrafa 2?
2. - Por que razão está doce o líquido da garrafa 2 e não está doce o da garrafa 1?
3. - A que se deve a diminuição de peso na garrafa 1?
4. - A que se deve a diminuição de peso na garrafa 2?
5. - Para que serve a garrafa 2?
6. - Para que serviram as rolhas de algodão?
7. - Se a garrafa 2 também formar gás, espuma e álcool, como se pode interpretar o resultado?
8. - Por que razão a experiência corre melhor com sumo de uva em vez de uvas?
9. - Nas adegas o vinho faz-se como foi feito nesta experiência?
Respostas:
1- Não houve formação de gás, espuma nem álcool na garrafa 2, porque não se realizou a fermentação alcoólica , visto que não havia leveduras presentes para degradar a glicose.
2- O líquido da garrafa 2, estava doce devido à quantidade moderada de açúcares presentes no sumo de uva. O líquido da garrafa 2 era o mesmo que o da garrafa 1, no inicio da experiência, mas continha leveduras, portanto durante 7 dias realiza-se a fermentação alcoólica, e a glicose foi degradada em etanol, que lhe confere o sabor nada doce, e dióxido de carbono.
3- Podemos dizer que a diminuição de peso na garrafa 1, se deve à degradação da glicose em etanol e dióxido de carbono e o último escapou-se da garrafa, visto que esta tinha apenas uma rolha de algodão hidrófilo, e esta saída do gás causou a perca de peso.
4- Tendo em conta que não ocorreu fermentação nesta garrafa, a evaporação de algum gás, poderá ter sido a causa para a diminuição do peso.
5- A garrafa 2 , tem como função na nossa experiência, de controlo, tendo em conta que não continha leveduras.
6- As rolhas de algodão, servem não só para manter o vinho, o mais protegido possível de impurezas do exterior, mas a sua principal função será deixar o Dióxido de Carbono escapar.
7- Se tal acontecesse, poderámos deduzir que o sumo de uva, ainda possuia algumas das enzimas que levam à fermentação alcoólica,mas tal não aconteceu.
8- A experiência corre melhor com sumo de uva em vez de uvas, visto que o sumo de uvas tem maior concentração de açúcares, do que o sumo obtido na produção tradicional. E como sabemos, numa reação envolvendo enzimas, quanto maior a concentração de substrato, os açúcares neste caso, maior a velocidade da reação, embora grandes concentrações levem a um ponto de saturação das enzimas, onde já não há centros ativos disponíveis.
9- Não, nas adegas o vinho não se faz da mesma maneira como feito nesta experiência. Em adegas, é necessário, obter o sumo da uva, normalmente obtido através do pisar da uva. Isto é necessário, não só para obter os açúcares da uva, mas também libertar as leveduras que se encontram, na casca da uva, que vão realizar a fermentação alcoólica. Nesta experiência, as leveduras são adicionadas a um sumo de uva, que não as possuia.
Conclusão:
O nosso grupo está confortável com afirmar, que esta experiência correu bem. O material era fácil de obter, e os resultados foram os esperados, conseguimos produzir o vinho que queríamos, na garrafa 1, claro.